Duas pessoas morreram hoje, no Líbano, entre elas uma criança, depois de ter sido disparado fogo de artilharia pesada a partir do território sírio, junto à fronteira no noroeste do país, informou o exército libanês, avançou a AFP.
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«Esta tarde, na cidade fronteiriça de Qasr na região de Hermel, um ataque de artilharia, a partir do território sírio, matou um cidadão e feriu outros três, além de ter destruído várias casas», informou o exército libanês, numa declaração oficial.
Pouco depois, a agência noticiosa do país informou sobre uma segunda morte, ocorrida numa aldeia na mesma região - um rapaz de 13 anos perdeu a vida, não resistindo aos ferimentos provocados por um rocket.
O exército avançou ainda que, na sequência do ataque, unidades do exército foram enviadas para aquela região para tomar as medidas necessárias para proteger os cidadãos locais e responder ao ataque da forma mais apropriada.
Não há, no entanto, refere a agência francesa AFP, qualquer indicação de que o exército libanês tenha qualquer intenção de responder aos disparos vindos do território sírio.
O presidente do Líbano, Michel Sleiman, endereçou uma declaração ao país depois do incidente em Qasr, condenando o ataque e afirmando que os incidentes fronteiriços se «limitaram a provocar a morte de libaneses inocentes, que nada têm a ver com o conflito que decorre na Síria».
Desde que começou o conflito na Síria, em março de 2011, já houve muitas mortes ao longo das fronteiras com o Líbano, geralmente devido a conflitos entre as forças leais ao regime de Bashar al-Assad e os grupos armados sírios e libaneses que apoiam a posição rebelde.
Beirute adotou oficialmente uma posição neutra relativamente ao conflito que assola a vizinha Síria, mas o conflito contribuir para o aumentar da clivagem entre os sunitas, que apoiam os rebeldes, e os militantes do Hezbollah, que apoiam Assad.