Há também pelo menos três feridos e mais de uma dezena de desaparecidos. O desabamento das duas torres aconteceu na zona da Muzema.
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Dois mortos e três feridos é o balanço provisório do desabamento de dois prédios residenciais de quatro e cinco andares, na zona oeste do Rio de Janeiro, no bairro da Muzema, região do Itanhangá.
Há informação de que mais pessoas poderão estar ainda nos escombros, familiares e amigos esperam, desesperados, por informações, nas imediações do local. O portal de notícias brasileiro G1 dá conta de pelo menos 15 desaparecidos.
Quatro moradores saíram já com vida e foram deslocados para hospitais.
Os trabalhos de resgate começaram pelas 7h20 (11h20 em Lisboa). Nesta altura, os bombeiros continuam a remover os escombros para tentar localizar vítimas.
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O cheiro a gás nas redondezas é intenso e, por isso, os prédios limítrofes estão também em risco, segundo a proteção civil carioca. Bombeiros e equipa de resgate têm dificuldade para chegar ao local, muito íngreme, porque o acesso só pode ser efetuado a pé.
Segundo a prefeitura do Rio, naquela área quase todos os prédios são irregulares, construídos e negociados pelas milícias, grupos que substituem as forças de segurança e até o poder público e que dominam aquela área da cidade.
Uma moradora, que diz ter ouvido gritos de socorro da mãe por entre os escombros, acusa as milícias de só quererem construir, vender, construir e vender.
A região da Muzema foi muito afetada pelo temporal da última semana, que causou a morte de 10 pessoas, na sequência das cheias que atingiram a cidade e das inundações em várias casas. O temporal levou a prefeitura do Rio de Janeiro a declarar o estado de calamidade.
Familiares e repórteres estão, entretanto, a ser aconselhados a sair do local por causa dos riscos de mais desabamentos. O prefeito Marcelo Crivella já foi para a região e deve prestar esclarecimentos ao longo do dia.