Um tribunal espanhol condenou dois piratas somalis a 439 anos de cadeia pelo sequestro do atuneiro basco "Alakrana" em 2009, informaram fontes judiciais.
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A decisão sobre os detidos Adbu Willy e Raageggesey Adji Haman foi tomada pela secção 4 da Sala Penal da Audiência Nacional, um tribunal especial espanhol que, entre outras matérias, analisa delitos contra a Coroa ou membros de Governo, crime organizado e terrorismo, narcotráfico e delitos cometidos fora de Espanha.
Sequestrados a 02 de outubro de 2009 ao largo da Somália o atuneiro esteve sob controlo de piratas durante 47 dias, até 17 de novembro, altura em que todos os seus 36 tripulantes foram libertados.
O caso acabou por causar alguma polémica em Espanha depois de um porta-voz dos piratas que tinham sequestrado o navio ter afirmado que o navio e os seus tripulantes tinham sido libertados depois do pagamento de um resgate de quatro milhões de dólares (cerca de 2,7 milhões de euros).
Na sua sentença a Audiência Nacional assegura que «sem qualquer dúvida» foi o Governo que pagou o resgate para a libertação do navio.
A detenção dos dois piratas, a sua transferência e posteriormente julgamento em Espanha foram igualmente polémicas.