O julgamento no senado deve acabar esta sexta-feira com os republicanos a votarem contra a condenação.
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Antes da votação final haverá outra para se decidir se serão chamadas novas testemunhas e apresentadas novas provas. Há 48 horas, com a divulgação do livro de John Bolton, tudo apontava nesse sentido mas neste momento não parecer haver quatro senadores que se juntem aos democratas.
Lamar Alexander, senador do Tennessee, foi apontado nas ultimas horas como podendo juntar-se a Mitt Romney, Susan Collins e Lisa Murkovski para pedir a chamada de novas testemunhas. Depois do encerramento da sessão desta sexta-feira divulgou um comunicado dizendo que "sempre defendi que ouvíssemos outras pessoas mas é agora claro que isso não será necessário. O que Donald Trump fez não viola a nossa constituição. "
Se as posições se mantiverem a votação acaba com um empate, 50-50, e dificilmente o juiz Roberts vai resolver o assunto optando por votar.
Uma das perguntas mais interessantes feitas na ultima sessão foi apresentada por democratas e republicanos. Queriam saber se Trump voltaria a usar pessoas fora do departamento de estado para desenvolver politica externa. O conselheiro da Casa Branca respondeu que não houve nada de errado na decisão do presidente em ter pedido a Rudi Giuliani para lidar com a Ucrânia mas insistiu na ideia de que o advogado não estava a desenvolver politica externa.
A sessão ficou ainda marcada pela tentativa do senador republicano Rand Paul de fazer uma pergunta em que identificava o denunciante de todo o processo. A pergunta foi travada pelo juiz John Roberts. Rand Paul não ficou satisfeito e revelou o nome aos jornalistas e nas redes sociais alegando que essa pessoa era um membro da equipa do democrata Adam Schiff.
Nos órgãos de informação americanos debate-se ainda a defesa apresentada pelo advogado de Trump. Se um presidente considerar que a sua reeleição é o melhor para o país então tudo o que faça nesse sentido não de ser considerado um crime passível de destituição.