Demitiu-se o Procurador Geral dos Estados Unidos. Nomeado por Trump há ano e meio, o antigo senador do Alabama, sai no dia seguinte às eleições, deixando claro que se demite a pedido do presidente.
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Donald Trump pediu a demissão de Jeff Sessions, procurador-geral, esta quarta-feira, um dia depois das eleições intercalares dos EUA.
O Presidente norte-americano divulgou a informação no Twitter e anunciou que Matthew G. Whitaker será o sucessor no cargo.
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Trump agradeceu os serviços de Jeff Sessions e desejou tudo de bom ao procurador-geral que agora se demitiu.
O chefe de Estado culpou essa decisão de Sessions por ter aberto a porta à nomeação do procurador especial Robert Mueller, que tomou a seu cargo a investigação sobre o papel da Rússia e começou a analisar se a intimidação de Sessions seria parte de um plano mais abrangente de obstrução da Justiça.
Jeff Sessions foi a escolha de Donald Trump para procurador-geral, mas rapidamente se percebeu que o conservadorismo do magistrado nascido há quase 72 anos em Selma, no Alabama, não era tudo o que esperava o homem que o nomeou.
Donald Trump queria alguém que rapidamente travasse as investigações à alegada interferência russa nas eleições americanas e o conluio com Trump ou gente próxima do então candidato nessa alegada interferência.
Entre Trump e Sessions passaram meses de notória crispação, depois de este ter optado por se afastar das investigações sobre a Rússia. Trump não perdoa essa decisão, que abriu caminho à nomeação do procurador especial Robert Muellen, que rapidamente começou a investigar a possibilidade de Trump ter contado com a atuação de Sessions num sentido que pudesse configurar obstrução à justiça.
Sessions não prejudicou a performance eleitoral de Trump e dos republicanos: já que o presidente queria que ele saísse, saiu no dia seguinte às eleições.