Este ano, cerca de 224 mil migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo em direção à Europa. As tragédias sucedem-se e as organizações não governamentais multiplicam-se em apoios. A TSF falou com o MOAS, uma das associações que dá apoio em alto-mar.
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O MOAS - Migrant Offshore Aid Station é uma das associações de apoio a migrantes que opera no Mediterrâneo. Só esta quinta-feira esteve em duas operações de resgate. Durante a manhã, assistiram a Marinha e a Guarda Costeira e à tarde enfrentaram uma das mais complicadas ações de sempre.
A TSF falou com Martin Xuereb, o director do MOAS, que está embarcado no Phoenix, o barco da associação, que usa também drones nas operações de resgate. Uma tecnologia que ainda ontem foi usada, na costa da Líbia, no naufrágio de uma embarcação que transportava quase 700 pessoas. Mais de 200 continuam ainda desaparecidas.
Este é o segundo ano da operação do MOAS. No ano passado, em 60 dias resgataram 3 mil pessoas. Este ano, desde 2 de Maio, conseguiram salvar mais de 6 mil. O MOAS é a primeira operação privada para salvar imigrantes no mar. Tem sede em Malta e foi fundada por um casal de empresários, milionários, que abraçaram esta causa.
Cerca de 224 mil migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo em direção à Europa nos primeiros 7 meses do ano. São números oficiais, divulgados esta tarde pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que acrescenta que só no mês de Julho foram mais de 87 mil que embarcaram para fazer a travessia.