Chefe da polícia de Sussex admitiu que drones da polícia aumentaram o número de relatos de aparelhos voadores na zona, mas nega que tenham causado o encerramento de aeroporto.
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O caso dos drones no aeroporto de Gatwick marcou a época natalícia, principalmente para os passageiros dos cerca de mil voos afetados, mas a polícia vem agora esclarecer que alguns dos relatos destes objetos voadores podem ter-se devido a aparelhos das autoridades.
Giles York, chefe da polícia de Sussex admitiu, em entrevista ao programa Today da BBC Radio 4, que se sente "muito triste" pelo casal que esteve detido 36 horas por suspeitas de que Paul Gait e Elaine Kirk seriam os responsáveis pelos drones que voaram no aeroporto britânico.
O responsável reforçou que sempre esteve convencido de que "os motivos para a detenção estavam bem fundamentados", mas o casal garantiu que se sente desconfortável com o sucedido, depois de ter sido libertado sem qualquer acusação.
O chefe da polícia assumiu ainda que defendeu que o casal ficasse detido por um longo período de tempo, mesmo quando o patrão ter garantido que Paul Gait estava no local de trabalho durante os voos dos drones.
"Conseguimos esgotar todas as nossas linhas de investigação nessa primeira instância e conseguimos libertá-lo da custódia policial, assegurando que não era suspeito", referiu Giles York.
O polícia recordou que a polícia recebeu 115 relatos de avistamento de drones, tendo em conta que 93 foram considerados de "pessoas confiáveis", entre as quais um piloto, funcionários do aeroporto e polícias.
Deste modo, York assegurou ainda que os drones da polícia que estiveram a investigar o caso podem ter causado "algum tipo de confusão" e aumentado o número de relatos. Contrariamente, o chefe da polícia negou que o uso de drones das autoridades tenha causado o encerramento do aeroporto e, consequentemente, dos voos.