As duas mulheres dirigiam-se para o local de trabalho, quando "homens armados atacaram o veículo" em que seguiam.
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Duas juízas do Supremo Tribunal do Afeganistão foram mortas a tiro em Cabul, na capital, palco de vários atentados nos últimos meses, anunciaram as autoridades afegãs.
"Infelizmente, perdemos duas juízas no ataque de hoje", informou Ahmad Fahim Qaweem, porta-voz da instituição, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
As duas mulheres dirigiam-se para o local de trabalho, quando "homens armados atacaram o veículo" em que seguiam, tendo o motorista ficado ferido, precisou a mesma fonte.
Segundo o porta-voz da Polícia de Cabul, Ferdaws Faramarz, o ataque deu-se no centro da cidade, às 08h30, hora local (04h00 em Lisboa).
Os assassínios seletivos de jornalistas, políticos e defensores dos direitos humanos são cada vez mais frequentes no país, com Cabul e várias províncias a registarem um aumento da violência nos últimos meses.
As autoridades afegãs e Washington atribuíram estes ataques aos talibãs, apesar de o grupo extremista Estado Islâmico ter reivindicado alguns atentados.
A 10 de janeiro, um antigo jornalista afegão que era porta-voz da Força de Proteção Pública Afegã (APPF) morreu em Cabul, juntamente com dois colegas, na explosão de uma bomba colocada na berma da estrada.
A 7 de janeiro, pelo menos 23 civis e membros das forças de segurança morreram em diferentes ataques no Afeganistão.
Há vários meses que a capital e diferentes províncias afegãs são palco de um recrudescimento da violência, apesar das negociações de paz entre os talibãs e o Governo afegão a decorrer em Doha, desde setembro.
Os Estados Unidos estão a retirar as forças norte-americanas do terreno, no quadro das negociações de Doha, por decisão da administração do Presidente Donald Trump.