Pelo menos sete pessoas ficaram feridas por inalação de fumo e centenas foram evacuadas de suas casas no Dubai, na sequência do incêndio que ocorreu esta madrugada num arranha-céus, informou o departamento de Defesa Civil dos Emirados Árabes Unidos.
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O fogo, que deflagrou no 50º andar de um total de 79, começou às 02:00 horas locais (23:00 em Lisboa) e obrigou à desocupação do edifício de 336 metros de altura, um dos mais emblemáticos e do Dubai.
«O fogo começou num lado da torre e quando descemos para ver o que estava a acontecer ficámos muito assustados, sobretudo pelo efeito do vento», disse à Agência EfE, um espanhol residente num edifício adjacente ao "Tocha", Carlota Quesada.
No grupo de rede social Facebook "Espanhóis no Dubai", algumas mensagens narravam os acontecimentos: «A desocupação foi muito eficaz, é um milagre que não haja feridos», escreveu Sonia Estel Arya.
O maior perigo ocorreu quando caiu um vidro derretido, detritos e móveis da torre, uma situação que levou a Defesa Civil a fechar todas as ruas perto do edifício.
De acordo com uma mensagem publicada na rede social Twitter, a polícia do Dubai assegurou que não há suspeita que o incêndio tenha sido provocado.
Desde que foi inaugurado, o edifício tem sido afetado diariamente por falsos alarmes de fogo o que fez com que os moradores tenham ignorado a possibilidade de um acidente real, contou outra testemunha.
No edifício conhecido por 'Torch' (tocha), com 676 apartamentos, residem na sua maioria expatriados.
O incêndio, cujas causas se desconhecem e que terá começado no 50.° andar e alastrado a outros pisos da torre residencial de luxo, foi declarado extinto cerca de três horas depois de ter deflagrado, indicou a Defesa Civil do Dubai.
O fogo ocorreu apenas um dia depois de outro grave incêndio numa zona industrial em Musafah, Abu Dhabi, que causou dez mortos e oito feridos, segundo a agência espanhola Efe.