Cilindro de pedra com cerca de um metro de comprimento estava desaparecido, mas ninguém sabia. Agora, "regressou a casa".
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Um fragmento de pedra retirado de Stonehenge foi devolvido, 60 anos depois de ter sito retirado do monumento megalítico em Inglaterra. Ninguém sabia onde estava, mas a verdade é que ninguém estava à procura.
Tudo começou em 1958, quando uma equipa de arqueológicas decidiu reerguer um trilito - estrutura composta por duas grandes pedras verticais que suportam uma terceira pedra colocada horizontalmente no topo.
Durante os trabalhos descobriu-se que uma das pedras verticais estava rachada, pelo que se achou melhor reforça-la. Foram feitas três perfurações com 32 centímetros de diâmetro e inseridas hastes metálicas no interior da pedra. Os buracos foram depois tapados com fragmentos descobertos durante as escavações.
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Um dos cilindros de pedra removidos para introdução da estrutura de metal, com cerca de um metro, foi levado para casa por um dos trabalhadores da Van Moppes, a empresa contratada para a obra. Não disse a ninguém que o tinha feito, mas ninguém se questionou a propósito.
Robert Phillips, de 89 anos, protegeu o cilindro com um tubo de plástico e pendurou-o na parede, primeiro no seu escritório em Basingstoke, Inglaterra, depois em todas as casas onde viveu nos Estados Unidos - em Richmond, Nova Iorque, Chicago, Illinois, e por fim num empreendimento para a terceira idade, na Florida, Estados Unidos.
Na véspera do seu 90.º aniversário, o britânico decidiu devolver parte desse pedaço de pedra.
Conta a BBC que os dois filhos de Robert Phillips viajaram para Stonehenge em maio do ano passado, mas a English Heritage, entidade responsável pela preservação do monumento, só divulgou a história agora, uma vez que queria analisar a autenticidade e relevância da pedra.
Os arqueólogos esperam que a análise da composição química do cilindro devolvido possa contribuir para desvendar a origem das pedras, que podem ser provenientes de vários locais diferentes.
Isto porque a amostra está "incompativelmente intocada", ao contrário das pedras de Stonehenge, expostas às condições atmosféricas.
"A última coisa que esperávamos era receber um telefonema de alguém nos EUA a dizer que tinha uma parte de Stonehenge", brinca Heather Sebire, curadora da English Heritage. "Estamos muito gratos à família Phillips por permitirem o regresso a casa esta intrigante pedaço de Stonehenge."
Não se sabe onde estão os dois outros cilindros, se tiveram destinos semelhantes ou desapareceram para sempre. A English Heritage apela a quem saiba do seu paradeiro para contactar a instituição.
Considerado património mundial da Unesco, Stonehenge é visitado por mais de um milhão de turistas anualmente. Apenas nos solstícios de verão e de inverno, no entanto, se permite o acesso dos visitantes ao anel formado pelas pedras do conjunto arqueológico com 3.500 anos.