O antigo primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia defende que é possível eliminar o movimento Estado Islâmico.
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"Vejo aqui a oportunidade da Europa de sair de uma situação que tem sido de complacência, de excessiva tolerância, para uma situação de firmeza - sempre no respeito dos direitos, das liberdades e garantias, que são essenciais", afirmou Durão Barroso à margem de uma conferência em Lisboa.
O ex-presidente da Comissão Europeia acredita que "não vai ser apenas mais uma tragédia" e que "pode ser um ponto de viragem". Durão Barroso diz que não é possível aceitar que se continuem a matar inocentes na Europa e que está em causa a manutenção da própria civilização europeia.
Durão Barroso diz ser necessária "uma resposta muito clara", eliminando o movimento Estado Islâmico (ou Daesh). "Não me digam que não é possível. No passado, na Europa e no mundo já fizemos face a ameaças bem piores - a ameaça hitleriana - e foi vencida", sublinhou Durão Barroso.
O movimento Estado Islâmico pode ser eliminado, diz Barroso, "se houver uma coligação suficiente de forças que estejam dispostas, do ponto de vista militar, político mas também financeiro, a cortar qualquer espécie de apoio" ao movimento. Para já, diz estar satisfeito com as primeiras reações políticas, nomeadamente de França e EUA.
O antigo primeiro-ministro defende ainda sanções económicas para países que comprovadamente vendam armas ao movimento Estado Islâmico.