Na cerimónia de entrega do Nobel da Paz, em Oslo, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, aproveitou para desafiar a comunidade internacional a agir para acabar com o conflito na Síria.
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No discurso que proferiu em Oslo, perante mais de mil convidados e dezenas de chefes de Estado e de Governo, Durão Barroso relembrou outros compromissos da União Europeia que são igualmente válidos.
Durão Barroso disse entender o prémio Nobel da Paz como um estímulo, mas também como um aviso porque a paz não é apenas a ausência da guerra está também relacionada com o sentimento de liberdade e justiça.
«Podem contar com os nossos esforços criativos para lutar por uma paz duradoura, pela liberdade e justiça na Europa e no mundo. Nos últimos 60 anos, o projeto europeu demonstrou que é possível que as pessoas e as nações possam conviver apesar das fronteiras», sublinhou Durão Barroso.
«Hoje aqui [em Oslo] deixamos a esperança e o nosso compromisso de, com todos os homens e mulheres de boa vontade, a União Europeia ajude o mundo a ser melhor com paz, justiça e liberdade», prometeu.
O presidente da Comissão Europeia aproveitou ainda o palco em Oslo para desafiar a comunidade internacional a agir para acabar com o conflito na Síria, que classificou de «nódoa para a consciência mundial».
«Enquanto comunidade de nações que superou guerras e lutou contra regimes totalitários, estaremos sempre ao lado dos que lutam pela paz e dignidade humana. Deixem-me que vos diga, a atual situação na Síria permanece na consciência de todos. É um imperativo moral que a comunidade internacional aborde este tema», referiu.