
Durão Barroso
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Depois das negociações falhadas em Bruxelas, o presidente da Comissão Europeia garantiu hoje, em Gaia, que o caminho que a UE quer seguir não é apenas o da contenção orçamental.
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O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse hoje que para além da consolidação orçamental, o caminho para sair da crise exige também mais investimento, por isso não entende as reservas colocadas por alguns países à proposta de orçamento europeu, que foi discutida em Bruxelas.
Cortar mais nesse orçamento, limitará as suas soluções para ultrapassar mais dificuldades. Durão Barroso não esconde que as negociações têm sido muito difíceis.
«Estou preocupado porque vejo que alguns governos querem reduzir de forma dramática a nossa proposta inicial. Sei que tem que haver um compromisso, sei que não é fácil encontra-lo entre 27 governos com prioridades, por vezes, diferentes», admitiu Durão Barroso, que participou este sábado nas cerimónias do Dia Nacional do Engenheiro, em Gaia.
«Mas, repito, a União Europeia neste momento, mais do que nunca, precisa também por uma agenda de crescimento que passa necessariamente por um programa de investimento a nível europeu, nomeadamente quando alguns dos nossos países não têm hoje folga orçamental para investimento público», sublinhou.
Durão Barroso lembra que a decisão final cabe aos Estados e ao Parlamento Europeu, mas o caminho proposto por Bruxelas é claro: «é preciso mais investimento».
Sobre Portugal, o presidente da Comissão Europeia mostrou-se confiante de que «vai conseguir um resultado positivo, mas ao mesmo tempo tenho que dizer que se houver reduções muito significativas a nível de outros programas, Portugal, como os outros países, será também afetado».
A unanimidade exigida para aprovar o orçamento comunitário não é fácil, admite Durão Barroso, ainda assim acredita que esse consenso vai ser alcançado.