A três dias de terminar a campanha em Espanha, a visão de um ex-sindicalista de Pamplona, à beira da reforma, que não se conforma com a corrupção dos políticos.
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Há quarenta anos que trabalha na indústria de metais. Grande parte deles, Angél López passou-os como sindicalista. "Porque queria o meu bem e o dos meus companheiros e que houvesse justiça na economia das empresas e de tudo".
Angél López tem 60 anos. É casado e tem dois filhos formados. A filha enfermeira trabalha e o filho vai arranjando trabalhos temporários. Mora em Pamplona na província de Navarra e gosta de estar ali porque diz que é a melhor província de Espanha. " Sim. Está demonstrado desde há muito tempo que há uma compensação perfeita entre a indústria e a agricultura. É uma província onde se pode trabalhar sempre".
Mesmo tendo uma das taxas mais baixas de desemprego de Espanha, Angél acrescenta que a crise afetou a todos e ainda está a afetar, principalmente os mais novos e os reformados. " Porque podes a trabalhar com 60 anos e o teu filho parado em casa sem trabalho e sendo um encargo familiar. Os reformados deveriam receber o justo e o justo para viverem bem e, é claro que eu preferia ver o meu filho trabalhar e eu reformado com 60 anos do que o contrário. Isso é lógico e está a acontecer".
"Há emprego" mas muito não é fixo, acrescenta o metalúrgico. " Agora sim, agora não, agora sim, agora não. Claro que assim não podem fazer planos nem ter uma estabilidade económica e emocional".
Quando se fala em política, Angél López é muito corrosivo. " Chegam lá para porem os seus filhos bem e para se acomodarem a eles. Aquele que é político parece que vive para ficar podre de rico. Há muita corrupção ou melhor, mais do que muita", termina.
Eleições Espanholas. A TSF na estrada com o apoio da SEAT.