No dia de arranque da visita de Estado do Presidente da República a São Tomé e Príncipe, o chef João Carlos Silva garante que vai mostrar a Marcelo um país pronto a ser reinventado.
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A CACAU - Casa das Artes, Criação, Ambiente, Utopias será um dos pontos de passagem do presidente da República português. O edifício, que já foi garagem de comboios da linha dos caminhos-de-ferro de São Tomé, é agora um centro que acolhe um projeto de dinamização cultural... e utopias. "É preciso utopiar outra vez, constantemente", lembra João Carlos Silva.
O artista plástico, embaixador gastronómico e dinamizador cultural de São Tomé e Príncipe, explica que a CACAU foi desafiada a preparar esta receção pelo primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada.
A resposta não se fez esperar e João Carlos Silva garante que está tudo pronto para receber Marcelo Rebelo de Sousa. Inclusivamente o menu que será servido ao Presidente na quarta-feira, como não poderia escapar ao chef, celebrizado pelo programa televisivo "Na Roça com os Tachos".
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"Um almoço de degustação", revela, "fazemos um spa de língua de início, com chocolate Claudio Corallo, um poucochinho de gengibre, cacau fresco, vinho tinto português bom, e depois sete ou oito entradas variadas, depois dois/três pratos principais e quatro sobremesas".
Menu extenso para apreciar enquanto em palco há música e dança tradicionais são-tomenses, pois claro. E depois, o momento alto: a inauguração do Muro dos Afetos.
Um programa de peso para receber o presidente português. "Tornou-se nosso presidente também", garante.
João Carlos Silva acredita que há muito para fazer na relação com Portugal, "para reinventar São Tomé e Príncipe". A aposta na educação e na formação dos jovens (em São Tomé 75% da população tem menos de 20 anos) é essencial, defende, e Portugal pode fazer parte desta aposta no futuro.