O presidente da câmara de Kiev disse não ter uma estimativa de baixas civis e militares da guerra.
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O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, reafirmou esta terça-feira, em Lisboa, a denúncia de que a guerra da Rússia contra a Ucrânia visa destruir o povo ucraniano.
"Não é uma operação especial, não é uma guerra, é genocídio, é terrorismo", disse Klitschko ao discursar na Câmara Municipal de Lisboa (CML) depois de receber a chave de honra da cidade.
Klitschko disse não ter uma estimativa de baixas civis e militares da guerra iniciada em 24 de fevereiro de 2022, apenas que "são milhares e milhares", e destacou a destruição das infraestruturas do país.
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"Kiev não está na linha da frente, mas há 800 edifícios destruídos na cidade", afirmou sobre a sua cidade e capital da Ucrânia.
Klischko disse que a guerra destruiu a economia da Ucrânia e renovou o apelo à União Europeia (UE) para ajudar a reconstruir o país no pós-guerra. "Esperamos a ajuda dos nossos amigos e entrada na UE, mas, para já, temos de lutar pela nossa liberdade", afirmou.
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Em dia de expansão da NATO - a Finlândia tornou-se no 31.º membro esta terça-feira - Vitali Klitschko vê com bons olhos o crescimento da aliança, que "já foi parte da Rússia".
E com Putin decidido, defende Klitschko, a "reconstruir o império russo", o autarca vê a adesão à NATO como um "bom" passo para a Finlândia e para a "segurança da União Europeia".
A última vez que o ucraniano esteve em Lisboa foi "há quatro anos, com uma missão "especial" e musical. "Como sede da Eurovisão, trouxe a chave de Kiev a Lisboa para dar a chave da nossa cidade ao local onde ia decorrer o maior evento musical - Portugal!"
Agora o gesto inverteu-se. Recebeu a chave de Lisboa das mãos dos dois condutores que levaram os primeiros camiões com ajuda humanitária para Kiev e Moedas recordou o dia em que os conheceu.
São um pai "que chegou a Portugal há 20 anos, português que é ucraniano e é lisboeta" e o filho Anton, um "jovem condutor de 20 anos" que, juntos, provocaram no autarca português "um orgulho enorme em ser presidente da Câmara de Lisboa".