A Unicef calcula que o Ébola deixou dez mil crianças orfãs nos três países mais afetados pela epidemia, Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa.
Corpo do artigo
Mas a esmagadora maioria não ficou sozinha. A Unicef diz que precisou de garantir acolhimento para apenas 150.
Um dos responsáveis da UNICEF na África Ocidental, Andy Brooks, revelou à TSF que cerca de dez mil orfãos do Ébola beneficiaram de «uma tradição muito forte. São as famílias e as comunidades que cuidam das crianças quando os pais morrem».
Apesar de o acolhimento estar quase sempre garantido, Andy Brooks admite que estas crianças são muitas vezes vítimas de discriminação «por causa do grande medo que a doença provoca na maior parte das pessoas».
O responsável da UNICEF disse, à TSF, que a tragédia, que se abateu sobre os 10 mil orfãos da Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, pode representar também uma oportunidade. Outros problemas como a pobreza e a falta de escolas estão agora ,por causa da atenção despertada pela epidemia de Ébola, à vista de todos; «Temos uma visibilidade muito melhor. O Ébola ajudou-nos a estar mais atentos às crianças».