O calendário foi anunciado hoje pela subdiretora geral da Organização Mundial de Saúde, que no entanto deixou um aviso: mesmo que essas metas sejam atingidas, ninguém deve estar à espera de milagres, a vacina não será a "bala mágica" que vai acabar com o surto epidémico.
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Nessa linha, Marie Paule Kieny acrescenta que apesar de haver a esperança no efeito da resposta massiva que está a ser dada à doença, é nesta altura prudente preparar a maior quantidade possível do antídoto.
E é aqui que, apesar das expectativas hoje partilhadas, a responsável da OMS usa no discurso um se, "se" as vacinas que estão a ser desenvolvidas vieram a revelar-se eficazes, conclusão que ainda não é segura.
Nesta altura já há dois fármacos que estão a ser testados no Mali, nos Estados Unidos e na Europa. A Organização Mundial de Saúde aguarda por resultados em dezembro. Se eles forem positivos, derem sinais de eficácia, os testes avançam depois para países afetados pelo ébola. A Libéria será provavelmente o estado africano onde essa etapa terá inicio.
Esse trabalho vai permitir aos investigadores avaliar a verdadeira capacidade protetora das vacinas e acertar a dose em que elas devem ser ministradas.
Os médicos e outro pessoal das organizações de saúde que estão no terreno vão fazer parte do universo que receberá os medicamentos. Os primeiros resultados são esperados para o mês de abril do ano que vem.
A OMS não tem planos para proceder a uma vacinação em grande escala antes de junho de 2015, mas também não rejeita que esse prazo possa vir a ser antecipado .
Para além dos dois fármacos em fase mais adiantada, há outras cinco vacinas numa etapa ainda laboratorial, de preparação, mas que também podem vir a ser utilizadas para que até ao fim do próximo ano seja produzido o tal milhão de doses a que a responsável da OMS fez hoje referencia.