A Organização Mundial de Saúde recomendou hoje à Guiné-Bissau o reforço da vigilância das fronteiras com a Guiné-Conacri, um país onde já se verificaram 367 mortes provocadas pelo Ébola.
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«Neste momento a Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, ainda não recebeu nenhuma informação relativa a casos registados em Guiné-Bissau», afirmou à Lusa Tarik Jasarevic, da organização sedeada em Genebra.
De acordo com o responsável, a Guiné-Bissau deve reforçar a vigilância das suas fronteiras, seguindo as indicações anunciadas hoje pela OMS. «Os países devem manter a vigilância, particularmente os países fronteiriços», disse.
As autoridades dos países fronteiriços das zonas atingidas devem dar particular atenção a «sintomas de febres sem explicação e mortes por causa de uma condição febril».
Para além disso, os países devem facilitar o acesso a diagnósticos que despistem novos casos, assegurando que o pessoal médico possa intervir de forma rápida e adequada.
Qualquer país que detete um caso, suspeito ou confirmado, ou um contacto com pessoas que morreram por causa de uma condição febril devem investigar o caso, salienta a OMS.
Na Guiné-Conacri, onde o surto surgiu em março deste ano, registaram-se quatro mortes nas últimas 48 horas, uma na Nigéria, 12 na Libéria e outras 12 na Serra Leoa. Nestes quatro países, os casos de doentes confirmados, prováveis e suspeitos de Ébola somam 1.779, indicou a OMS.