Na sequência da reunião de ontem do Eurogrupo, o Ecofin debate, esta manhã, o alargamento de prazos impostos a Portugal e Irlanda no âmbito do programa de ajustamento.
Corpo do artigo
O Ecofin debate hoje a eventual extenção das maturidades dos empréstimos concedidos no âmbito do programa de ajustamento.
Se tudo correr bem, depois do muito trabalho técnico que ainda falta fazer, para avaliar as consequências de dar mais tempo a Portugal e à Irlanda para pagar à "troika", os dois países podem esperar uma resposta em abril, nas reuiniões de Eurogrupo e Ecofin, em Dublin.
Os ministros das Finanças da zona euro abriram ontem a porta a um acordo. Mas é preciso uma decisão mais abrangente que envolva todos os países da União Europeia. Por isso o assunto voltará hoje a estar em cima da mesa do Ecofin.
Com um acordo ao nível dos 27, a União Europeia pedirá à "troika" para avançar com uma proposta com a melhor opção para ajudar Portugal e a Irlanda a regressarem de uma forma suave e sustentada aos mercados de capitais.
O presidente do eurogrupo, Jeoren Dijsselbloem, prometeu explorar um acordo, na reunião desta manhã em Bruxelas, entre todos os ministros da União Europeia.
«Temos a intenção de discutir se os ministros da União Europeia estariam preparados para considerar um ajustamento dos empréstimos do mecanismo de estabilização financeira para a Irlanda e para Portugal», afirmou.
Jeoren Dijsselbloem mostrou-se já esperançoso que seja dado mais um passo político, além da zona euro, favorável à intenção de Portugal e da Irlanda.
«O envolvimento dos outros ministros é também importante. Queremos assegurar-nos que fazemos isso bem. Então primeiro discutiremos na esperança de alcançar um acordo no pequeno almoço de trabalho», adiantou.
Do lado da Comissão Europeia, o chefe da política monetária da União Europeia afirma que o trabalho técnico vai continuar e Olli Rehn espera poder anunciar a decisão já no próximo mês.
«A "troika" continuará a analisar uma extensão apropriada e credível das maturidades dos empréstimos do Mecanismo de Estabilização Financeira e do Fundo de estabilização para um regresso suave e duradouro aos mercados. Espero que possamos concluir esse trabalho e dar uma mensagem forte de confiança nos próximos encontros do Eurogrupo e do Ecofin», esclareceu.
Caso este calendário seja cumprido, Portugal poderá esperar por uma resposta, daqui a pouco mais de um mês, na segunda semana de Abril, para saber se tem mais tempo para pagar à "troika".