O antigo presidente da Câmara dos Deputados do Brasil foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas.
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Eduardo Cunha foi o líder do processo que levou ao impeachment de Dilma Rousseff e neste processo foi acusado por Sergio Moro, juiz que coordena as investigações do processo Lava-Jato.
Escreveu Sergio Moro na sua sentença que "não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio".
Foi dado como provado que o ex-deputado detinha contas no estrangeiro não declaradas, desviou contas astronómicas da estatal Petrobrás e levava uma vida de luxo. Os advogados de Cunha vão, entretanto, recorrer.
Não há reações ainda nem de Dilma, nem do presidente Michel Temer. Mas a maioria dos analistas considera estas notícias ameaçadoras para o Palácio do Planalto uma vez que Cunha e Temer são do mesmo partido, o PMDB, são também aliados políticos de longa data e agiram coordenados no processo que levou à destituição de Dilma.
Cunha, considerado até há poucos meses o mais poderoso parlamentar do Brasil, exerceu o cargo de presidente da Câmara em 2015 e meados de 2016 até ser detido já no final do ano passado no âmbito da Lava-Jato.