Em entrevista a uma televisão brasileira, o presidente de Angola disse que «se tivéssemos retomado o processo regular de realização de eleições em 1992, certamente hoje não estaria aqui».
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O presidente angolano reconheceu que está há «demasiado» tempo no poder, tendo considerado que foram as «razões conjunturais que nos levaram a esta situação».
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Em entrevista à estação brasileira TVBand, José Eduardo dos Santos, no poder desde que substituiu Agostinho Neto em 1979, considerou que a guerra civil no país justifica a sua longevidade no exercício do poder.
«Se tivéssemos retomado o processo regular de realização de eleições em 1992, certamente hoje não estaria aqui. Mas a conjuntura não permitiu», acrescentou o presidente de Angola, em entrevista realizada em finais de outubro.
Garantindo que «daqui para a frente as coisas vão mudar», Eduardo dos Santos, de 71 anos, adiantou ainda que a questão da sua sucessão está a ser debatido no seio do MPLA.
«Estamos a ensaiar vários modelos de como a transição poderá ser feita. Se é feita a nível do Estado, se é feita a nível do partido, se se faz de uma vez. Estamos a estudar, tendo sempre em conta que é preciso manter a estabilidade», concluiu.