Saif al-Adel, 50 anos, antigo oficial das Forças Especiais egípcias, terá sido escolhido como líder interino da Al Qaeda, substituindo o saudita Osama Bin Laden.
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A escolha de um novo líder da rede extremista foi noticiada pelas televisões CNN e Al Jazeera. Ambas as fontes indicam que a decisão foi tomada por um grupo de dirigentes da Al Qaeda, reunido recentemente na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.
A CNN refere que a escolha «provisória» foi uma resposta de responsáveis da organização a um alegado nervosismo dos jihadistas (muçulmanos mais radicais) perante a morte do líder histórico Osama Bin laden, baleado no Paquistão por militares dos Estados Unidos, no dia 2 de Maio.
De acordo com o relato de alguns meios de comunicação, Saif al-Adel fugiu do Afeganistão em 2001 na sequência da invasão norte-americana, decidida depois dos ataques de 11 de Setembro.
Alguma imprensa árabe, citada pela agência Reuters, escreveu que o militante egípcio da Al Qaeda terá estado em prisão domiciliária no Irão durante cerca de um ano, de onde acabou por regressar à fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.
As autoridades judiciais dos Estados Unidos consideram Adel um dos principais comandantes da Al Qaeda, suspeitando que ele esteve envolvido no planeamento dos ataques contra as embaixadas no Quénia e Tanzânia, em 1998.
As mesmas fontes consideram que ele também ajudou a instalar campos de treino da organização no Sudão e no Afeganistão durante a década de 90.
No entanto, alguns especialistas têm dúvidas quanto à possibilidade de Saif al-Adel ter sido nomeado líder da Al Qaeda, ainda que de forma «provisória».
Mustafa Alani, um comentador politico que vive no Dubai, chama a atenção para divergências que terão separado Adel e Bin Laden.
Citado pela Reuters, este comentador garantiu que «este homem [Adel] era um opositor de Bin Laden e dos ataque de 11 de Setembro». «Ele criticava a personalidade de Bin Laden, descrevendo-o como um ditador que tomava decisões sem consultar os colegas», acrescentou.