Um ano depois da queda de Hosni Mubarak, no Egipto, o dia vai ser assinalado com greves e iniciativas de desobediência civil para tentar pressionar o Conselho Supremo das Forças Armadas a entregar o poder a uma autoridade civil.
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Os generais já disseram no entanto que não cedem a pressões. Hosni Mubarak demitiu-se um ano depois depois de 18 dias de protestos nas ruas que causaram a morte a centenas de pessoas.
O antigo chefe de estado está actualmente a ser julgado acusado de ter ordenado a morte dos manifestantes.
Ouvido pela TSF Raul Braga Pires, investigador Centro de Estudos Africanos da Universidade de Porto e actualmente a dar aulas na universidade de Rabat, considera que o povo egípcio não está satisfeito e tudo o que aconteceu mostra que no Egipto a revolução foi diferente.
Raul Braga Pires considera que a situação só vai acalmar quando o poder for civil. Para já o país continua a viver dias agitados.
Para assinalar um ano desde a queda de Mubarak, a Amnistia Internacional marcou um dia de acção global sobre as revoluções no Médio Oriente e no Norte de África.
Teresa Pina, presidente da secção portuguesa, diz que é importante continuar a apoiar as populações porque as mudanças não foram acompanhadas pelo respeito dos direitos humanos.