Egito: apoiantes da da Irmandade Muçulmana incendeiam edifício da Universidade de Al-Azhar
Durante os confrontos entre a polícia e os apoiantes da Irmandade, um estudante perdeu a vida. A escalada de violência surge dias depois da Irmandade Muçulmana ter sido declarada organização terrorista.
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Um estudante morreu hoje nos confrontos entre a polícia e os apoiantes da Irmandade Muçulmana que atearam fogo a um edifício da Universidade de Al-Azhar, no Cairo, divulgou uma fonte hospitalar, citada pela Agência France Presse.
O jovem, de 19 anos, foi baleado quando a polícia entrou no recinto universitário, segundo a mesma fonte.
De acordo com uma fonte dos serviços de segurança, os estudantes entraram nas instalações da Faculdade de Comércio da Universidade, interromperam um exame que estava a decorrer e atearam fogo ao edifício.
O incêndio, que provocou danos em dois andares do edifício universitário, foi entretanto extinto pelos bombeiros. Um responsável da polícia disse que 60 estudantes foram detidos.
Este incidente ocorre um dia depois da realização de manifestações de apoio ao presidente islamita Mohamed Morsi, destituído pelo exército em julho passado e atualmente detido, em várias cidades do Egito.
Pelo menos cinco pessoas morreram durante as manifestações pró-Morsi, que degeneraram em confrontos, segundo um novo balanço divulgado por uma fonte médica.
A escalada da violência ocorre depois de , na quarta-feira, o Governo egípcio ter declarado oficialmente a Irmandade Muçulmana, movimento que apoia Mohamed Morsi, como "organização terrorista" e de ter proibido qualquer tipo de manifestações.