A chefe da diplomacia europeia anunciou também que os 28 vão discutir eventuais medidas de resposta à violência no país.
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Catherine Ashton, que considerou que o saldo de mortos e feridos é «aterrador», explicou, em comunicado, que está em contacto com os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, tendo pedido que estudem «medidas apropriadas» para que a União Europeia responda a estes atos de violência.
«A responsabilidade desta tragédia recai muito sobre o governo interino, assim como sobre a classe política do país no sentido mais amplo», afirmou a alta representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, na crítica mais direta que dirigiu, até agora, às autoridades egípcias.
Ashton apelou novamente para que todas as partes ponham fim à onda de violência, pediu «contenção» às forças de segurança e instou as forças políticas para que «expressem as suas opiniões pacificamente e mantenham aberta a possibilidade de um processo político».
Este processo político, de acordo com a diplomata britânica, deveria levar o Egito «de volta ao caminho da democracia e a curar as feridas infligidas na sociedade» do país.
A alta representante europeia convocou uma reunião de embaixadores comunitários para a próxima segunda-feira, para analisar a crise egípcia e se equacionar a possibilidade de convocar um encontro extraordinário dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 países da União.