Uma decisão que surge após o ataque desta manhã contra dois miniautocarros que provocou a morte a pelo menos 25 polícias e feriu outros dois, anunciou um responsável do posto de fronteira.
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De acordo com fontes médicas e de seguranças, citadas pela agência France Presse, os polícias foram mortos num ataque perpetrado por militantes que dispararam rockets contra os dois miniautocarros na Península do Sinai.
Pelo menos 25 polícias morreram e outros dois ficaram feridos no ataque, que ocorreu perto da cidade de Rafah, onde está instalado o posto de passagem para a Faixa de Gaza, no norte do Sinai.
O ataque é um dos mais graves contra as forças de segurança naquela região dos últimos anos.
O Egito está envolto numa onda de violência desde quarta-feira passada, quando a polícia dispersou pela força dois acampamentos, no Cairo, de manifestantes que exigem o regresso ao poder de Mohamed Morsi, deposto a 3 de julho pelo exército.
Nas últimas semanas, a Península do Sinai tornou-se uma fonte de instabilidade e palco de ataques contra forças de segurança e gasodutos, bem como de atos de contrabando e sequestro.
Ontem, 36 prisioneiros islamitas morreram durante uma tentativa de fuga de uma prisão, elevando para quase 800 mortos em cinco dias.
Segundo a AFP, há informações contraditórias sobre a forma como ocorreram as mortes, mas o Ministério do Interior egípcio indicou que os prisioneiros fizeram um guarda refém e morreram asfixiados com gás lacrimogéneo.
Mais de 1.000 pessoas foram mortas desde que as manifestações em massa emergiram no fim de junho, adianta a AFP. A contagem inclui um filho do guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, que morreu na sexta-feira.
O estado de emergência e o recolher obrigatório noturno continuam em vigor no Egito.
O derramamento de sangue no Egito já foi condenado pela comunidade internacional, com os diplomatas europeus a agendarem reuniões de emergência para hoje para discutir a situação e ações futuras da União Europeia.