O antigo presidente do Egito Hosni Mubarak foi hoje condenado a prisão perpétua pela morte de 850 manifestantes nos protestos que derrubaram o seu regime no ano passado.
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Este anúncio foi feito pelo juiz do tribunal do Cairo que está a julgá-lo desde agosto e que deixou cair a acusação sobre os dois filhos do antigo ditador, Alaa e Gamal Mubarak, suspeitos de corrupção.
Mubarak é o primeiro líder árabe a ser julgado pelo seu próprio povo no país.
O antigo chefe de Estado que governou o Egito durante 30 anos foi considerado culpado pela morte de 850 manifestantes durante a revolta popular.
Aos 84 anos, Mubarak assistiu à leitura da sentença deitado numa maca por razões de saúde.
No mesmo julgamento o antigo ministro do Interior conheceu a mesma sentença: prisão perpétua.
Os seis responsáveis dos serviços de segurança que foram julgados também acabaram absolvidos.
Ainda durante a leitura da sentença registaram-se alguns confrontos dentro da sala de audiências com as pessoas a questionarem a legitimidade do tribunal e da sentença, exigindo que o sistema judicial seja limpo de juízes da era de Mubarak.