Cinco manifestantes morreram e perto de 450 ficaram feridos, durante esta madrugada, no Cairo, em confrontos entre apoiantes e opositores do Presidente egípcio, Mohamed Morsi.
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Os confrontos nas redondezas do palácio presidencial, com recurso ao lançamento de pedras, de paus e de 'cocktails molotov' prolongaram-se durante toda a noite, ainda que com breves períodos de acalmia, indica a agência noticiosa AFP, a qual refere ainda que foram ouvidos tiros com regularidade.
Um quarto conselheiro do Presidente egípcio, Mohammed Esmat Seif Eddawla, anunciou, entretanto, a sua demissão em sinal de protesto.
A oposição quer que Morsi anule o decreto, de 22 de novembro, com o qual reforçou os seus poderes e os blindou face à justiça e que arquive o controverso projeto de Constituição.
Morsi afirma que o alargamento dos seus poderes é «temporário» e que visa acelerar a transição.
A maioria das vítimas morreu com disparos de balas, de acordo com a agência oficial Mena. Segundo o Ministério da Saúde do Egito, os confrontos resultaram ainda em cerca de 450 feridos.
Meia centena de pessoas foi detida na sequência dos confrontos, indicou, por seu turno, o Ministério do Interior.
Estes confrontos foram considerados já os mais graves no Egito desde a eleição de Mohamed Morsi para a Presidência, em junho.