A China apelou a «máxima contenção» aos partidos egípcios e Reino Unido, Alemanha e França chamaram os embaixadores egípcios nos seus países para manifestar «profunda preocupação» com a violência no Cairo, que já fez 525 mortos.
Corpo do artigo
A Alemanha instou as autoridades egípcias a por fim à escalada de violência no país e o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão criou uma equipa de crises especificamente para dar assistência aos cidadãos germânicos no Egito, ao mesmo tempo que reforçou os alertas de para que quem se desloque ao país tome todas as precauções.
O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle, já tinha na quarta-feira telefonado ao seu homólogo egípcio, a apelar à busca de uma solução pacífica para o conflito.
O presidente francês, François Hollande defendeu hoje que «tudo deve ser feito» para evitar uma guerra civil no Egito e convocou o embaixador egípcio naquele país para uma reunião.
«O chefe de estado afirmou que tudo deve ser feito para evitar a guerra civil», indica um comunicado hoje emitido pelo Eliseu no qual François Hollande convoca o embaixador para uma reunião que visa «transmitir a grande preocupação da França sobre os trágicos acontecimentos».
O documento informa que a «França está empenhada em encontrar uma solução política e deseja que as eleições sejam organizadas o mais breve possível, de acordo com os compromissos assumidos pelas autoridades egípcias [do governo] de transição».
Em Londres, no Reino Unido, também o embaixador egípcio foi chamado para tomar conhecimento das preocupações britânicas com os recentes acontecimentos no Egito e para registar o apelo para as autoridades egípcias atuarem com «máxima contenção».
O mesmo pedido foi feito hoje pela China a todos os partidos egípcios. Num comunicado divulgado na página da Internet do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Pequim manifestou a sua «profunda preocupação com os acontecimentos recentes».
«A China apela a todos os partidos para trataram os interesses do Egito e dos seus cidadãos com máxima preocupação, e a atuar com contenção, de forma a evitar mais mortes», lê-se no comunicado, citado pela agência noticiosa francesa AFP.