A Procuradoria egípcia mandou hoje prender o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badia, acusado de instigar a violência em frente à sede da Guarda Republicana, onde na segunda-feira morreram pelo menos 51 pessoas.
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Segundo a agência egípcia Mena, a Procuradoria emitiu um mandado de detenção para Badia e nove outros dirigentes do movimento islamita e do Gama Islamiya, um grupo seu associado, por terem instigado «a violência, os assassínios e os confrontos sangrentos» em frente ao quartel general da Guarda Republicana, uma unidade de elite.
Badia já tinha um mandato de detenção por incitar à violência emitida na passada quinta-feira, na véspera de ter apelado aos seus seguidores para continuarem a manifestar-se pelo regresso ao poder do Presidente deposto Mohamed Morsi.
De acordo com a Procuradoria, os implicados na violência «associaram-se para instigar a violência».
As forças de segurança egípcias acusaram os manifestantes islamitas de terem iniciado os confrontos, enquanto a Irmandade Muçulmana afirmou que foram os militares a abrir fogo sobre os manifestantes quando estes estavam a rezar.
Os manifestantes tinham-se concentrado no local em apoio a Morsi, apoiado pela Irmandade Muçulmana.
Além dos mortos, 435 pessoas ficaram feridas.
Desde os confrontos, 652 pessoas foram detidas por suspeitas de homicídio, posse ilegal de armas e explosivos, ameaças à segurança pública e cortes de estrada, acrescentou a Procuradoria.
Cerca de 200 pessoas ficarão detidas mais duas semanas, enquanto as restantes foram já libertadas, indicou o Ministério Público egípcio.