Pelo menos 50 pessoas terão morrido em confrontos entre apoiantes de Mohamed Morsi e forças da ordem por todo o Egito. Um número que, porém, continua em permanente atualização.
Corpo do artigo
[youtube:pr9Ex9fuQNk]
Milhares de apoiantes de Morsi e da Irmandade Muçulmana, que batizaram o dia de hoje como "sexta-feira da Ira", desfilavam em direção ao edifício da radiotelevisão egípcia e ao distrito de Ramsés, pela ponte 15 de Maio, para denunciar "o massacre" de cerca de 600 pessoas na quarta-feira no Egito quando habitantes de prédios próximos começaram a atirar pedras.
Os manifestantes islamitas incendiaram pneus na ponte e no bairro de Ramsés e atiraram cocktails Molotov contra os edifícios provocando incêndios em alguns deles.
A televisão estatal mostrou imagens de anónimos disparando armas de fogo da ponte 15 de Maio, ao passo que as forças de segurança dispararam granadas de gás lacrimogéneo.
O Governo autorizou, pela primeira vez, as forças da ordem a abrir fogo sobre os manifestantes violentos.
Dois dias após o dia mais sangrento - 578 mortos e mais de 3.000 feridos - desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, os atos de violência relançam o medo de que o Egito, que está sob estado de emergência e com um recolher obrigatório em metade das províncias, mergulhe no caos.