O presidente francês e a chanceler alemã mantiveram esta noite um encontro informal, ao jantar, em Estrasburgo, durante o qual concordaram numa "linha comum" sobre a crise dos refugiados e o 'Brexit' britânico, disseram fontes da presidência francesa.
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Num jantar, a convite do presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, foi antecidido de um encontro de hora e meia entre François Hollande e Angela Merkel.
Os dois líderes abordaram a situação na Síria, em particular em Aleppo, onde está em curso uma ofensiva das tropas do regime de Damasco, manifestando "uma forte preocupação partilhada", disseram as mesmas fontes.
Hollande e Merkel "estão completamente de acordo" sobre os meios de reabsorver o fluxo de refugiados e na prioridade da aplicação do plano de ação europeu.
Sobre o dossier 'Brexit' (a eventual saída do Reino Unido da União Europeia), François Hollande e Angela Merkel chegaram a "um entendimento comum sobre o projeto de acordo com o Reino Unido na perspetiva do próximo Conselho Europeu", a 18 e 19 deste mês, para evitar a saída deste país da UE, de acordo com fontes da presidência francesa.
Os dois líderes debateram também "as crises" europeias e o crescimento do populismo na Europa, de acordo com fontes do gabinte do presidente do PE.
Merkel na Turquia
Entretanto, a crise dos refugiados continua na agenda europeia, numa altura em que, segundo as organizações humanitárias, há 45 mil sírios na fronteira com a Turquia para entrar no país.
Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, visita Ancara, tendo previstos encontros com o presidente turco, Recep Erdogan, e com o primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu.
O objetivo de Merkel é acelerar a aplicação do plano de ação União Europeia-Turquia de resposta à crise dos refugiados.
Neste plano de ação, concluído no final do ano passado, a UE compromete-se a ajudar com três mil milhões de euros na assistência a 2,5 milhões de refugiados sírios atualmente em território turco, e a avaliar a eliminação dos vistos para os cidadãos turcos.
Em contrapartida, Ancara vai aumentar o controlo da fronteira marítima com a Grécia, uma das principais rotas dos refugiados que pretendem chegar à Europa, facilitar a educação dos migrantes menores de idade e a inserção laboral dos adultos.