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Os assaltos por ano no Brasil são humanamente incontáveis. Mas há uns que são mais notícia do que outros. Este foi por causa do nome assaltante.
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Se, por ano, 62 mil brasileiros são assassinados, um número 30 vezes superior ao da média europeia, imagine-se a quantidade de cidadãos assaltados anualmente. Sim, só dá para imaginar, porque não há sequer contabilidade sobre o assunto.
No entanto, há assaltos que ainda são notícia, por um ou por outro motivo. Eis um exemplo: numa oficina mecânica, profissionais e clientes foram surpreendidos por uma dupla de ladrões que roubou 500 reais, pouco mais de 100 euros, e uma corrente de ouro de uma das vítimas.
Graças a uma câmara de segurança, a polícia descobriu o automóvel usado pela dupla e chegou à morada de um deles.
Vítor Hugo Machado, 19 anos, confessou o crime e entregou o parceiro. Chegados a casa deste, os polícias depararam-se com o produto daquele roubo e de mais uma meia dúzia realizados naquela manhã. Mas a notícia não estava aí e sim no nome do jovem criminoso de 18 anos.
Chamava-se Che Guevara, como o mais famoso de todos os guerrilheiros. Che Guevara Herbert de Sá, o Che Guevara que não é argentino e sim brasileiro, que não está morto e sim vivíssimo, foi então conduzido à esquadra da polícia judiciária, onde foi identificado pelas vítimas do assalto à oficina e de outros crimes comuns nada revolucionários.
O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras no site da TSF a crónica Acontece no Brasil.