Os eleitores devem enviar o voto às autoridades eleitorais pelo menos sete dias antes da eleição presidencial, marcada para 03 de novembro.
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O diretor dos serviços postais norte-americanos advertiu esta segunda-feira que os eleitores devem pedir os boletins de voto por correspondência pelo menos 15 dias antes da eleição para garantir que os recebem, preenchem e devolvem a tempo.
Louis DeJoy afirmou esperar um aumento significativo do voto postal, devido à pandemia de Covid-19, e frisou que os eleitores devem enviar o voto às autoridades eleitorais pelo menos sete dias antes da eleição presidencial, marcada para 03 de novembro.
Num testemunho pré-preparado que vai prestar hoje à comissão de supervisão da Câmara dos Representantes, DeJoy afirmou que os conselhos sobre voto postal são semelhantes aos de anteriores eleições, mas que desta vez é ainda mais importante assegurar que os boletins são entregues e escrutinados atempadamente, dado ser esperado um nível recorde de voto por correspondência.
"Este conselho não deve de forma alguma ser mal interpretado no sentido de sugerir que não temos confiança na nossa capacidade para entregar esses votos", afirmou no depoimento, a que a agência Associated Press (AP) teve acesso.
"Podemos e vamos tratar o volume de correio eleitoral que recebermos", afirmou.
Os conselhos, insistiu, "nada têm a ver com recentes iniciativas operacionais ou preocupações acerca de atrasos no correio".
A comissão parlamentar abriu um inquérito a mudanças recentes decididas pelo diretor dos serviços postais, um aliado do Presidente, Donald Trump, nomeado em junho, que provocaram numerosas queixas por atrasos na entrega do correio, em ano de eleições presidenciais em que, devido à pandemia, parte importante dos eleitores deve optar pelo voto por correio para evitar ajuntamentos nas assembleias de voto.
A Câmara dos Representantes aprovou no sábado legislação que proíbe os serviços postais de qualquer mudança nas operações postais, ou no nível de serviço vigente a 01 de janeiro passado, até ao final da pandemia.
DeJoy afirmou na sexta-feira no Senado que a sua "prioridade número um" é assegurar que o correio eleitoral é entregue a tempo, mas que não vai anular os cortes que implementou quanto à redução de caixas postais e equipamento de separação de correio.
Num comunicado divulgado no domingo, os serviços postais afirmaram valorizar os esforços da Câmara dos Representantes para ajudar os correios, mas recearem que algumas das exigências da legislação aprovada, "embora bem intencionada, possa constranger a capacidade do Serviço Postal para realizar as mudanças operacionais que vão aumentar a sua eficiência, reduzir custos e, em última análise, melhorar o serviço ao povo americano".