Refugiados contam que na Argélia estão a ser perseguidos. Apelam a que os países ocidentais intercedam para que haja democracia nos países africanos de origem.
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Osoni Segé tem apenas 20 anos. Está em Espanha há cinco dias. Saiu dos Camarões há dois anos. No trajeto, quando chegou à Argélia teve que esconder-se e fugir.
"Na Argélia são só problemas. Eles prendem as pessoas para as repatriar, para as abandonar no deserto. Mas eu fugi, não me apanharam. Outras pessoas foram detidas e largadas no deserto. Muitos morrem porque no deserto não há nada, apenas o sol. É como estar no mar", conta à TSF.
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Estes imigrantes fogem da guerra, da fome. Por vezes vezes até das perseguições politicas.
Jean Roland, 32 anos, saiu do Togo. "Foi a guerra que me fez sair, eu temia pela vida e saí". Para viver melhor, "longe da má democracia que há na África negra."
Jean acredita que Espanha e outros países da Europa podem interceder junto dos líderes africanos para que alguma coisa mude.
"Para que a grande potência que é a Espanha possa sensibilizar os presidentes africanos para mudarem as mentalidades. Não se pode matar ou violentar os outros porque se quer aceder ao poder, ou porque já se está no poder."
Revoltado com os políticos do seu país, que o levaram a atravessar o Mediterrâneo num frágil barco, afirma que quer deixar uma mensagem de esperança às gerações mais novas.
Sonhos que vão ficar à espera de melhores dias. Por enquanto a sua vida passa-se no interior de um centro de acolhimento para refugiados.