São já cerca de 70 mil os curdos sírios que fugiram para a Turquia, tentando escapar à pressão, no nordeste da Síria, do grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico. Os dados são do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
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«O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) está a reforçar os seus esforços de ajuda ao governo turco para auxiliar os cerca de 70 mil sírios que fugiram para a Turquia nas últimas 24 horas», adiantou a organização, em comunicado.
Antecipando um aumento no número de refugiados, o ACNUR refere ainda que está a trabalhar com o governo turco para tudo estar preparado para «a possível chegada de centenas de milhares de refugiados nos próximos dias», enquanto os combates continuarem.
A Turquia abriu as suas fronteiras aos refugiados sírios que, na quinta-feira, começaram a abandonar a localidade de Ain al-Arab, cercada pelos combatentes do grupo extremista sunita Estado Islâmico (EI). Ain al-Arab, a terceira maior cidade curda da Síria, tinha sido relativamente poupada pelo conflito na Síria e chegou a servir de abrigo a cerca de 200 mil sírios deslocados, refere a ONU. Mas o recente aumento da atividade dos jihadistas do EI na região e o cerco que fizeram à cidade, levou muitos moradores a fugirem, principalmente curdos.
«Este fluxo massivo (...) mostra a necessidade de mobilizar a ajuda internacional para apoiar os países vizinhos» da Síria, declarou, no comunicado, o Alto-Comissário para os Refugiados, António Guterres, felicitando a Turquia por ter aberto as suas fronteiras aos refugiados sírios.