A União Europeia (UE) deverá adoptar oficialmente na sexta-feira um embargo às importações de petróleo sírio que só entrará em vigor para os actuais contratos a 15 de Novembro, a pedido da Itália, anunciaram fontes diplomáticas.
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A UE vai também alargar o congelamento de bens e interdição de vistos a quatro empresários acusados de financiar o regime de Bashar al-Assad e a três empresas, incluindo um banco, disseram as fontes citadas.
«Estas medidas devem ser validadas durante o dia de sexta-feira pelos governos europeus, que estão actualmente a ser consultados», indicou uma das fontes.
O acordo de princípio sobre o embargo petrolífero tinha sido alcançado ao nível de peritos na segunda-feira.
Contudo, a Itália conseguiu durante as conversações desta semana que para os contratos já assinados entre companhias petrolíferas europeias e a Síria (abrangendo duas companhias controladas pelo Estado - a Syria Petroleum e a Sytrol) os compromissos assumidos possam ser cumpridos até 15 de Novembro, segundo vários diplomatas.
As novas sanções europeias ao regime de Bashar al-Assad surgem depois de outras medidas já adoptadas contra 50 figuras e entidades ligadas ao regime e à repressão em curso no país, mas são as primeiras que incidem no sector petrolífero.
A UE compra 95 por cento do petróleo exportado pela Síria, o que representa entre um quarto e um terço das receitas do país.