A transportadora aérea decidiu suspender todos os voos, mas voltou atrás na decisão depois de receber pedidos para repatriar viajantes.
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A companhia aérea Emirates esclareceu este domingo que vai continuar a voar para 13 destinos, depois de o presidente e diretor executivo ter dito que a empresa iria suspender todos os voos de passageiros devido à Covid-19.
De acordo com a agência noticiosa Associated Press (AP), a Emirates anunciou que entre os destinos para onde continuará a voar estão os Estados Unidos da América, o Reino Unido, o Japão, a Austrália e o Canadá.
A transportadora aérea sediada no Dubai justifica a decisão revelando que recebeu pedidos de governos e clientes para ajudar no repatriamento de viajantes.
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O presidente e diretor executivo da Emirates tinha anunciado que a companhia se encontrava numa situação em que não podia operar, "de forma viável, voos com passageiros até que os países voltem a abrir as suas fronteiras e a confiança nas viagens regresse".
Citado pela AP, o xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum assinalou que "o mundo está, literalmente, de quarentena devido à pandemia de Covid-19".
"Esta é uma crise sem precedentes em termos de amplitude e escala: geograficamente, bem como dos pontos de vista da saúde, social e económico", salientou.
No sabádo, a maior companhia aérea do Médio Oriente, que opera habitualmente em 159 destinos, anunciou a supressão de 111 rotas, no quadro de medidas restritivas para combater a pandemia da Covid-19.
Em comunicado, a Emirates dava conta de que o período de suspensão iria variar de um a três meses consoante os destinos, mas que ligações como Paris (França), Frankfurt (Alemanha), ou Islamabad (Paquistão) seriam afetadas "até nova informação".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4825 mortos em 53.578 casos. Segundo as autoridades italianas, 6062 dos infetados já estão curados.