Os resultados das sondagens vão variando mas há um que parece quase certo: o PP não deverá ganhar as eleições com maioria absoluta. É a entrada em cena dos novos partidos e o fim do bipartidarismo. Mas será que isso pressupõe instabilidade política?
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Em Portugal um partido venceu as eleições mas é outro que governa. O mesmo cenário pode acontecer em Espanha. Mas isso não assusta os empresários com quem a TSF falou.
As sondagens continuam a mostrar um empate técnico entre os partidos que tentam conquistar o poder do Partido Popular no Governo.
Uma sondagem publicada esta segunda-feira, no El Mundo, mostra que os populares lideram com 27,2%, uma margem relativamente tranquila. A seguir surge o PSOE com 20,3%, o Cidadãos com 19,6% e o Podemos com 18,4%. Este domingo, outra sondagem, do jornal ABC, dá ao PP 28,3%, ao PSOE 21,2%, seguidos do Cidadãos, com 18,1% e o Podemos com 17,6%. Mas os resultados têm variado.
Certa é a escalada dos novos partidos que obrigam os "grandes" a mudar de estratégia e a lançar apelos e mais apelos aos indecisos. Várias são as coligações pós-eleitorais mas parece certo o fim do bipartidarismo em Espanha.
Para Jorge Scharfausen, dono de uma empresa de consultoria financeira, uma mudança pode "trazer algum nervosismo a algumas pessoas", mas "não vê motivos para isso". Este empresário que trabalha nos dois lados da fronteira considera que "há uma situação semelhante à de Portugal e isso é normal porque os dois países passaram por uma grave crise, mas isso até pode ser positivo para que haja uma renovação."
Grabiel Chimeno, empresário e partner de uma consultora em Portugal também não há dúvidas - "a situação é nova e isso cria alguma intranquilidade, mas isso não vai ter um efeito negativo nas empresas, nem na atividade económica".
As eleições gerais em Espanha estão marcadas para domingo, 20 de dezembro.