O selecionador Carlos Queiroz, o cozinheiro de Saddam e outros portugueses pelo mundo
Leonídio Paulo Ferreira acaba de lançar "Encontros e Encontrões de Portugal no Mundo", uma obra para mostrar como a aldeia global muitas vezes tem capital em terras lusas e que os portugueses são os aventureiros que, com o seu pé, começam a traçar o planisfério.
Corpo do artigo
Não há mesmo um canto nenhum no mundo que o povo português não habite. Foi esta a bússola por que se guiou Leonídio Paulo Ferreira, jornalista do Diário de Notícias, para escrever o recentemente publicado "Encontros e Encontrões de Portugal no Mundo".
"Encontros e encontrões, porque nem todas as histórias são histórias felizes", trata logo de explicar. Há tantos encontros como encontrões, afirma o jornalista que foi até ao século XIII para recuperar, por exemplo, a história de "um neto de Afonso Henriques que, estando em Marrocos, combate ao lado dos muçulmanos".
Os portugueses têm deixado uma marca por cada pedaço de terra que calcam e firmam um património histórico digno de um livro de aventuras.
TSF\audio\2019\09\noticias\17\bruto_leonidio_paulo_ferreira
Leonídio Paulo Ferreira continua a enumerar: "João Rodrigues, um português que nasce no que é hoje a República Dominicana. O pai é português, e a mãe é angolana. Ele acaba por trabalhar para os holandeses e arranja problemas com os patrões holandeses, é abandonado na cidade que hoje é Nova Iorque, e, quando os holandeses fundam a nova Amesterdão, a atual Nova Iorque, vão buscar este homem que, não só era mulato, como já tinha casado com uma índia."
"Hoje, em Manhattan, esta figura é reivindicada por duas comunidades. Dizem que é o primeiro afro-americano em Nova Iorque", destaca, em entrevista à TSF.
Outro dos vultos que o marcou foi um cozinheiro de Saddam, "que não sabia se era um mito ou não". Descobriu a veracidade da "lenda" quando o viu, pela televisão, à conversa com Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto revelava alguns dos pratos prediletos do estadista iraquiano.
Imortalizada em livro fica também "a primeira-dama argentina, Regina, que nasceu em Lisboa". "É intérprete de ópera, e canta tão bem que um jovem a encontra na capital portuguesa e persegue-a pela Europa. Acabam por casar."