Enfermeiros espanhóis denunciam falta de formação e de informação no caso Teresa Romero
Os enfermeiros apresentaram, ao início da tarde, as conclusões do grupo que conduziu a investigação do Conselho Geral de Enfermagem sobre o primeiro caso de contágio por ébola fora de África. O documento aponta várias falhas na forma como foi desencadeada a resposta ao caso.
Corpo do artigo
Falta de formação, desconhecimento sobre os protocolos internos e do próprio ministério da saúde, ou uso de equipamento pouco adequado para lidar com um paciente infectado pelo vírus.
Estas são algumas das conclusões apontadas pelo grupo que conduziu a investigação do Conselho Geral de Enfermagem sobre o primeiro caso de contágio por ébola fora de África e que detecta várias falhas na forma como foi desencadeada a resposta ao caso da enfermeira Teresa Romero.
Depois de fazer uma avaliação sobre a formação dos profissionais, dos riscos e da eficácia na vigilância. Maximo González Jurado, presidente do conselho, não tem dúvidas que houve falta de formação e também de informação.
Na conferência de imprensa de apresentação do relatório, Maximo González Jurado deu como exemplos de falhas o uso, por parte da equipa de enfermagem, de óculos, uniformes ou antissépticos inadequados durante o tratamento.
O presidente do conselho salienta, ainda, o facto de ter havido profissionais em contacto com resíduos e falta de formação dada ao pessoal de enfermagem para o processo pós-morte.
González Jurado diz mesmo que, a certo ponto, tiveram de ser os próprios profissionais a solicitar exercícios formativos às autoridades e acrescenta que Teresa Romero serviu de bode expiatório em todo o processo.
Para já, o conselho de enfermagem admite que é impossível avançar com uma conclusão sobre a causa do contágio e admite mesmo que essa causa pode nunca chegar a ser desvendada.