A referência à Ucrânia esteve presente em todas as celebrações, em vários espaços e em diferentes palcos.
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Esta segunda-feira celebra-se o dia da Europa. No fim de semana, as instituições europeias assinalaram a data com um dia de portas abertas ao público.
A festa da Europa contou este ano com a participação de vários eventos culturais alusivos à Ucrânia, com a participação de artistas Ucranianos.
Em Bruxelas, foram muitos os que mostraram interesse em conhecer por dentro as instituições onde se decide mais de 70% das leis que influenciam a vida de mais de 450 milhões de europeus.
"Venho de Itália para ver o Conselho Europeu", afirma Antonieta, satisfeita por aproveitar oportunidade da visita a familiares em Bruxelas, para conhecer as "instituições importantes", num "dia único".
Os átrios dos edifícios que habitualmente são palco das grandes decisões europeias encheram-se de curiosos e de gente interessada "em conhecer o que decidem aqui dentro", como dois jovens advogados que se cruzaram com a TSF. Consideram que a União Europeia é hoje a "resposta" para muitos dos problemas dos cidadãos, mas entende e "podia ser melhor" caso "fizessem mais" ao nível "humanitário".
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Por exemplo, "o acolhimento de quem procura asilo político podia ser muito melhor", afirma um dos advogados enquanto aguarda numa das duas filas para entrar no interior do edifício Berlaymont, sede do executivo comunitário, referindo-se aos "refugiados" que atravessa o Mediterrâneo para a Europa.
Na primeira vez que as instituições europeias abriram portas desde a pandemia, Toni, um alemão que vive "há 10 anos" em Bruxelas visitou "pela terceira vez" as instituições europeias. "É um dia de festa, somos europeus, temos de celebrar a liberdade e a liberdade", afirmou à entrada para o Conselho Europeu, salientando que isso se torna ainda mais importante "especialmente agora, em tempos de guerra noutros países".
A referência à Ucrânia esteve presente em todas as celebrações, em vários espaços e em diferentes palcos. No Parlamento Europeu, a harpa da ucraniana Natalia Smischenko ecoou no centro do hemiciclo, perante uma plateia de visitantes sentados no lugar dos eurodeputados.
"Para mim, o Dia da Europa, enquanto cidadão ucraniano, é um dia de liberdade, um dia de solidariedade", afirmou o defensor da adesão da Ucrânia à União Europeia, destacando o processo de decisão, em que "diferentes países podem procurar soluções pacíficas para os diferentes equações, relacionadas com o futuro económico e social dos cidadãos".