O dirigente de esquerda Enrico Letta anunciou hoje a formação de um novo Governo em Itália, cujo número dois será Angelino Alfano, do partido de Silvio Berlusconi.
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Após dois dias de contactos e negociações, Letta, até agora vice-secretário do Partido Democrata, comunicou hoje ao Chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano, que aceita formalmente o cargo de primeiro-ministro, de acordo com a Constituição.
Letta anunciou os nomes de Alfano como vice-primeiro-ministro e ministro do Interior, de Fabrizio Saccomanni, diretor-geral do Banco de Itália, como ministro da Economia e Finanças, e da ex-comissária europeia Emma Bonino para os Negócios Estrangeiros.
É um governo com uma "forte presença feminina" e toma posse no domingo, anunciou Letta.
O novo Governo será formado por 21 ministros, oito dos quais sem pasta, e inclui figuras das principais forças políticas italianas.
"Era o único Governo possível e a sua formação não podia esperar", comentou Napolitano, que no início da semana, ao tomar posse para um segundo mandato, fez um discurso duro apelando aos partidos para se entenderem e porem fim a dois meses de impasse político.
Esta coligação entre partidos de esquerda e de direita permitirá ao novo Governo obter a confiança das duas câmaras do Parlamento, como prevê a Constituição, sublinhou.
Após as eleições de fevereiro, o Partido Democrata ficou com a maioria na Câmara de Deputados, mas não no Senado.