Procurador de Génova avança com uma estimativa das pessoas que ainda não foram encontradas.
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As operações de resgate no local onde a ponte Morandi colapsou continuam a decorrer e haverá entre 10 a 20 pessoas desaparecidas.
O número é avançado pelo procurador de Génova à Reuters, Francesco Cozzi, que explica que em causa está uma estimativa de pessoas das quais os familiares não tiveram qualquer informação e do número de carros que deverão estar debaixo dos escombros.
Até ao momento foram confirmadas pelas autoridades 38 mortes devido ao colapso da ponte.
Concessionária da ponte critica governo
A companhia italiana Atlantia que controla a concessionária de autoestradas Autostrade per l'Italia advertiu esta quinta--feira o governo de Roma que a decisão de revogar as concessões após a queda da ponte de Génova vai prejudicar os acionistas.
Através de um comunicado a Atlantia lamentou o início de procedimentos no sentido da revogação da concessão à Autostrade per l'Italia porque, reclama, a medida foi anunciada sem que tenha sido feita previamente uma "argumentação especifica" e na ausência de provas sobre as "causas do sucedido."
A empresa de gestão de infraestruturas tinha como responsabilidade a manutenção da ponte e a Atlantia acrescenta que se a revogação é posta em prática "a concessionária vai ter de reavaliar o valor residual da concessão por causa da aplicação de eventuais indemnizações".
O comunicado refere também que a formulação do anúncio do governo pode vir a ter impacto para os acionistas e obrigacionistas da sociedade, que a Atlantia tem de "proteger".
O comunicado foi difundido antes da abertura da Bolsa de Milão tendo a empresa, de acordo com a imprensa de italiana, registado "uma queda de 25%".
A Atlantia fechou a sessão do dia 14 de agosto com uma queda de 5,39% prevendo-se a situação de hoje nos mercados bolsistas.
O vice-primeiro-ministro e ministro para o Desenvolvimento Económico, Luigi di Maio, disse que "existem todos os motivos para que o Estado não tenha que pagar qualquer indemnização" referindo-se à responsabilidade da concessionária.
"Perante os mortos não existem cláusulas", acrescentou Di Maio numa entrevista à estação Radio24.