No primeiro dia pós-eleições, não se fala de outra coisa em Espanha. A grande dúvida é, quem vai formar o novo governo. A TSF esteve junto ao Palácio da Moncloa, símbolo de um país político em suspenso.
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Todos querem ocupar o Palácio da Moncloa (residência oficial do Presidente do Governo), mas estará para breve? Quanto irá durar a próxima governação? Quais serão os possíveis pactos?
Javiel del Rey Morató, professor de Comunicação Política da Universidade Complutense de Madrid, acredita que o país terá ou um governo frágil, que não durará mais do que um ano, ano e meio. Ou então será impossível formar governo.
Para o docente esse cenário não seria uma catástrofe "é uma situação que está prevista na lei". No caso de existirem eleições nos próximos meses, quase como uma segunda volta, Javiel del Rey Morató acredita que talvez possa haver "um regresso dos eleitores que votaram Ciudadanos para apoiar ao PP. Não seria seguramente o mesmo PP de Rajoy mas talvez com Paulo Casado ou com a atual vice-presidente, Soraia Saénz de Santamaría, mas ela não tem o apoio do partido."
De acordo com este professor, "as pessoas mais velhas devem estar espantadas, sem conseguir acreditar ainda e nervosas, algumas até com problemas para adormecer. Os mais jovens devem estar entusiasmados, pela simples razão de que fazia falta entusiasmo em Espanha. Era um país desmoralizado, desintegrado pela crise económica, um país sem nada para contar, sem futuro."
Não duvida que Mariano Rajoy, apesar de não ser mediático, seria competente para ocupar o Palácio da Moncloa, mas não vai conseguir maioria para o fazer. No discurso, já no final da noite eleitoral (quase meia noite, hora espanhola) o líder do PP assumiu a intenção de formar governo mas a tarefa parece ser quase impossível.