Na base desta decisão, está o facto de o Equador se manter «fiel à sua tradição de proteger quem busca o amparo no seu território ou nos locais das suas missões diplomáticas».
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O Equador decidiu, esta quinta-feira, dar asilo político ao fundador do portal Wikileaks, anunciou no ministro equatoriano dos Relações Externas.
Em conferência de imprensa, Ricardo Patiño explicou que na base desta decisão está o facto de o país se manter «fiel à sua tradição de proteger quem busca o amparo no seu território ou nos locais das suas missões diplomáticas».
Patiño, que reafirmou que a ameaça britânica de invadir a embaixada equatoriana em Londres é inadmissível e que o país não cede a chantagens, explicou que Assange não terá um tratamento justo caso seja extraditado para os EUA.
O chefe da diplomacia equatoriana teme que, caso isto aconteça, o fundador do portal Wikileaks acabe por ser julgado por um tribunal de exceção e condenado à morte.
Ricardo Patiño enumerou ainda o número de asilos políticos que o país tem concedido e os elogios que tem recebido de vários quadrantes, incluindo das Nações Unidas.
Este ministro equatoriano disse ainda ter perguntado sobre se existe de facto um processo contra Assange nos EUA, que legislação, quais são as consequências e a que penas pode ser sujeito o fundador do Wikileaks.
Patiño indicou ainda que perguntou aos norte-americano se iriam pedir a extradição de Assange, ao que Washington terá respondido que o assunto era entre os EUA e a Inglaterra.