A empresa de auditoria Ernst and Young vai pagar quatro milhões de dólares (quase três milhões de euros) por ter falhado os deveres de independência, ao fazer 'lobbying' político nos EUA.
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A conhecida empresa britânica colocou-se na posição de «advogar» clientes, em relação aos quais deveria verificar as contas em independência total, indicou a autoridade bolsista norte-americana (SEC, na sigla em inglês), em comunicado.
Em termos concretos, a filial norte-americana, a WCEY, é acusada de ter feito pressão sobre congressistas norte-americanos, para conseguir leis favoráveis a duas empresas, das quais deveria certificar as contas. O nome destas empresas não foi divulgado.
A autoridade bolsista mencionou o envio de cartas e várias reuniões para conseguir incluir num projeto de lei «elementos de linguagem» favoráveis a esses empresas ou «fazer falhar» textos legislativos prejudiciais aos seus interesses.
«A independência dos auditores é crucial para a integridade da comunicação financeira. Quando um auditor atua como um advogado para os seus clientes (...), a independência está comprometida», declarou Scott Friestad, um dos responsáveis da SEC, citado no comunicado.
«A Ernst and Young envolveu-se em atividades de lobbying que constituem atividades de conselho inapropriadas e violou as regras claramente», acrescentou. Ao pagar esta penalidade, a auditora consegue o fim das acusações.