As autoridades locais apelaram à população para ficar em casa e fecharam as autoestradas da região devido ao risco de deslizamento de terras.
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A erupção do vulcão Shiveluch, no extremo oriente da Rússia, cobriu esta terça-feira várias cidades da região com cinzas numa quantidade recorde dos últimos 60 anos.
"A precipitação de cinzas anterior com esta magnitude em Klyuchi - a cidade mais próxima de Shiveluch - ocorreu em 1964", afirmou o diretor do Instituto de Vulcanologia e Sismologia do departamento do extremo oriente médio da Academia de Ciências da Rússia, Alexei Ozerov.
"De momento, a camada de cinzas atinge cerca de 8,5 centímetros, e a chuva de cinzas continua", acrescentou.
A erupção do vulcão Shiveluch começou às 00:54 locais (12:54 de segunda-feira em Lisboa), com o lançamento de uma coluna de cinzas que atingiu 20 quilómetros de altura e se estendeu 500 quilómetros para noroeste.
Foi emitido um alerta de perigo máximo para a aviação, na sequência da erupção.
"Ouve-se um trovão devido à tensão eletrostática na nuvem de cinzas", disse o governador da região de Ust-Kamchatsk, Oleg Bondarenko, na rede social Telegram.
As autoridades locais apelaram à população para ficar em casa, cancelaram as aulas e fecharam as autoestradas da região devido ao risco de deslizamento de terras.
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Estão também a ser distribuídas máscaras e outros meios de proteção individual.
O Shiveluch, um dos maiores e mais ativos vulcões de Kamchatka, região oriental da Rússia, com 3.283 metros de altura, é formado por três caldeiras.
Em fevereiro de 2015, o mesmo vulcão libertou uma coluna de cinzas com mais de 6.000 metros de altura, formando uma nuvem que atingiu os Estados Unidos.