O governo de Cabo Verde está a estudar um pacote de medidas para fazer face aos estragos da erupção do vulcão da Ilha do Fogo. Aumento do IVA em meio por cento é uma dessas medidas.
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Os prejuízos causados pela erupção do vulcão da Ilha do Fogo, nas últimas semanas, levou o governo de Cabo Verde a delinear uma estratégia.
Aumentar o IVA de 15 para 15,5 por cento, a criação de um gabinete de crise para responder às necessidades da população e tentar recuperar terrenos agrícolas são das medidas que fazem parte desta estratégia.
Entrevistada pela TSF, Leonesa Fortes, ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial de Cabo Verde fez um balanço dos prejuízos e garantiu total empenho do governo nesta fase.
«Os prejuízos são muito avultados. Não só em termos económicos, mas também a nível das populações que perderam tudo de repente. Os terrenos agrícolas ficaram definitivamente cobertos pela lava, os edifícios que se perderam, os investimentos já realizados. Sem dúvida isto constitui um prejuízo muito grande. teremos agora que trabalhar para voltar a ver como resolver todos esses problemas» afirmou.
A ministra cabo-verdiana adianta que a estimativa de prejuízos ronda os 5 mil milhões de escudos cabo-verdianos, ou seja quase 50 milhões de euros.
O Vinho do Fogo é um dos produtos agrícolas mais prejudicados pelas erupções vulcânicas. Em Chã das Caldeiras, a lava destruiu as plantações e também o edifício da Adega Cooperativa onde é produzido o vinho.
Entrevistado pela TSF, à margem de um seminário de negócios entre Portugal e Cabo-Verde, Luís Vasconcelos, empresário cabo-verdiano do sector dos seguros, revela que só uma parte da produção do vinho tinha seguro.
As viniculturas não estavam asseguradas e as erupções vulcânicas destruíram plantações de um dos poucos produtos regionais com impacto no turismo. Os empresários estão a prever que a produção não chegue a trinta por cento dos valores do ano passado